A globalização está mais ameaçada pela sustentabilidade do que pela rentabilidade das operações

As tendências aceleradas pela pandemia, as tensões nas cadeias de abastecimento, a crise dos contentores, a globalização, a digitalização, a sustentabilidade.

Foram muitos os temas abordados por Raul Magalhães, presidente da Associação Portuguesa de Logística (APLOG), numa conversa sobre os desafios e as oportunidades que se apresentam ao país, numa altura em que tanto se fala da necessidade de repensar a globalização.

À potencial desvantagem estratégica trazida pela localização mais periférica contrapõe-se a capacidade de gerar valor, a mesma que, por exemplo, há 20 anos, motivou a instalação da AutoEuropa em Palmela.

Se existem dificuldades estruturais na atração de investimento, estas não são inultrapassáveis se Portugal, e o sector logístico em particular, souber fazer valer os seus ativos.

Onde a mesma localização geográfica e sua imensa costa costeira podem até jogar a favor, assim como a aposta firme na tecnologia e no “reskilling” dos recursos humanos.